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Mostrando postagens com o rótulo poesia
elmos Quando se tem mais um dia, deve-se empedrar ou liberar a entrada à opção escolhida, testando a casa contra rajadas de medo e ódio sem dar trégua à ditadura do Não, anular o convívio com a incerteza, sem panos quentes, sem sonhar em apreender nada à distância, porque o Homem é isto que se tem ou que se vê: gastos inúteis de energia, o abraço difícil e o beijo insosso a razão pelo ralo levando consigo o dia. ***** DARLAN M CUNHA  
Paisagem vista do bairro Belvedere - BELO HORIZONTE, MG *** O temor tem a nossa mesma idade  mantida nas veias sensíveis a toques de amargura, pelo que não se ature falsos ganhos, que este risco é dúbio: ou varia conforme a tara do caminhão ou se mantém alheio e até avesso as mil e uma pragas do Livro do Sim do Crivo do Não, mas o temor não perde essência. Foto e poema: Darlan M Cunha *****
Buritis, BH, MG ***** ISSO FAZ MUITA DIFERENÇA No norte as coisas são vistas como devem ser, não como são, o implícito e o explícito no mesmo vaso, medrando, a mesma cantilena no sul do mundo, a mesma ideologia no leste e uma igual idiossincrasia no oeste, com todos os lados cientes de que uma solidão entende outra e assim a eternidade só existe pela renovação de águas e dragas. *** foto e poema: Darlan M Cunha
  ***** O que segura um homem no mundo no alto ou no fundo à beira de si mesmo o rabo preso e a tez cerrada evitando que lhe seja a conta fechada ? O que não se dá a ele o suficiente e que tanta falta lhe faz a ponto de deixá-lo dormente mas nada confessa de volta à casa, ao ponto azul do gás ? ***** foto e poema : Darlan M Cunha
Homem infinito. Braga Tepi (1972). * Muitos vão ao contrário pela vida como quem viaja numa poltrona ao contrário num trem, alheio ao fato real ou não de que não há nada anormal por trás de uma porta ou num cérebro, mas algum (fi)asco modula o clima geral. À parte isso, diz a escultura, diz o homem à parte isso, não tenho nenhum sonho nenhuma abstração me comove ; e assim não sendo duna, permaneço firme no mesmo lugar, isento de sonhar. *  poema: Darlan M Cunha imagem encontrada e trazida de Peregrina Cultural   https://peregrinacultural.wordpress.com/
vício de falar, suplício de ouvir * Ponto de água Dormir tornou-se viável depois da casa pronta pétalas nos armários escova nos ombros, o pão. M as q u al memória escapa de que um dia lhe revolvam a sanha feroz de ontem pela partilha ou posse do não ? Desejo se ja viável esculpir e m alto relevo na pedra o custo do pranto , e nele aquilo de qu e se perde tanto. ***  imagem: WEB poema: Darlan M Cunha
  Tomie Ohtake (1913-2015) O abandono entende o humano, face a face, os minerais de um nos intentos do outro, ambos se entendem, como o predador e o gamo, fazem este comércio de má fama, mantendo-se em si e no outro, ambos dando vazão ao breu, à noite sem pedras com que construírem ponte, e não outro drama. poema: Darlan M Cunha
Iberê Camargo (1914-94) série Ciclistas Montados na aparência de sólidas montanhas, lá vão os ciclistas de toda hora, convergindo sobre sólidos tanto quanto sobre o meio líquido, são mestres mesmo é no conceito nuvens, de onde dão carona aos de visão turva - pouco receptivos -,cientes dos extremos da aldeia ciosa de si, eles pedalam e assobiam, aparência de não serem rudes, estranhos. poema: Darlan M Cunha
  Iberê Camargo .  Espaço com Carretéis. Óleo sobre tela - 100 x 140 cm,   1960 Dervixes, carretéis, piões Os dervixes lembram carretéis em uníssono nalgum ambiente deslizando sua mensagem. Caros à tradição, entram os dançarinos no núcleo de um universo, parece, tão afeito ao transe, que nada mais se concebe possível fora dele, porque são carretéis, redemoinhos, girassóis e também aves e caleidoscópios refletindo as cores e as sensações primárias e secundárias, como se  uma tela fosse pintada ao mesmo tempo em que, carretéis, giram. poema: Darlan M Cunha