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Mostrando postagens com o rótulo Darlan M Cunha
Hospital Eduardo de Menezes - Belo Horizonte / Contagem, MG ***** A solidão se dá conforme o número  de homens e mulheres, intrínseca e intransferível cada qual com a sua - eis a sina da solidão esta solidez que nos abraça sem iludir e assim, bem ou mal medidos, continuamos nossos atritos, quem sabe até nos tornarmos seixos. Foto e texto: Darlan M Cunha
Embed from Getty Images                                                       ***       O silêncio vive condenado aos decibéis dos condomínios, com suas pragas e imprecações, rock, tapas, sexo furtivo pelos corredores, uma anatomia do descaso nos varais improvisados, o mundo do silêncio nos elevadores, enfim, o sono inexistente dos ilustres anônimos - os condônimos. *** Texto: Darlan M Cunha Imagem: Arnd Gewald // GettyImage s
Homem infinito. Braga Tepi (1972). * Muitos vão ao contrário pela vida como quem viaja numa poltrona ao contrário num trem, alheio ao fato real ou não de que não há nada anormal por trás de uma porta ou num cérebro, mas algum (fi)asco modula o clima geral. À parte isso, diz a escultura, diz o homem à parte isso, não tenho nenhum sonho nenhuma abstração me comove ; e assim não sendo duna, permaneço firme no mesmo lugar, isento de sonhar. *  poema: Darlan M Cunha imagem encontrada e trazida de Peregrina Cultural   https://peregrinacultural.wordpress.com/
vício de falar, suplício de ouvir * Ponto de água Dormir tornou-se viável depois da casa pronta pétalas nos armários escova nos ombros, o pão. M as q u al memória escapa de que um dia lhe revolvam a sanha feroz de ontem pela partilha ou posse do não ? Desejo se ja viável esculpir e m alto relevo na pedra o custo do pranto , e nele aquilo de qu e se perde tanto. ***  imagem: WEB poema: Darlan M Cunha
xxx-bumper-cars-1 (Chernobyl, UCRÂNIA)      São demais os perigos, diz uma canção. Nas esquinas, fios soltos, palavras presas a alguma chantagem, a algum ressarcimento, os ovos futuristas já cheios de angústia, e por isso mesmo estão gorados, já vencidos em seu tempo de encantamento, antes mesmo de serem postos à prova. O mundo corre, língua nos calcanhares do Outro, o mundo é filho da pressa que se tornou ícone, sim, a pressa é o ícone, batendo o ícone maior - o diabo. Talvez ambos venham de uma só estirpe, mas duvido, pois o demo é criterioso, e entende de humanos como só ele pode. O diabo é boa gente, o átomo está aí em toda parte, e também o glúten - essa proteína do trigo, a qual se tornou o novo vilão social. Texto: Darlan M Cunha
Portinari (1903-62). Chorinho      Parece-me que uma palavra moderna que pode se encaixar no chorinho é a palavra linque, ligação. Este ritmo, brasileiro por excelência, que exige algo mais do músico e do ouvinte, apareceu lá pela segunda metade do século 19, como quem não queria nada, e se tornou uma prática entendida por todos. Sei tocar, por exemplo, bossa nova e, bom mineiro, os diamantes do Clube da Esquina, mas no choro eu me embaraço. Mas sei ouvir. Viva o choro. Texto: Darlan M Cunha
  Tomie Ohtake (1913-2015) O abandono entende o humano, face a face, os minerais de um nos intentos do outro, ambos se entendem, como o predador e o gamo, fazem este comércio de má fama, mantendo-se em si e no outro, ambos dando vazão ao breu, à noite sem pedras com que construírem ponte, e não outro drama. poema: Darlan M Cunha
Iberê Camargo (1914-94) série Ciclistas Montados na aparência de sólidas montanhas, lá vão os ciclistas de toda hora, convergindo sobre sólidos tanto quanto sobre o meio líquido, são mestres mesmo é no conceito nuvens, de onde dão carona aos de visão turva - pouco receptivos -,cientes dos extremos da aldeia ciosa de si, eles pedalam e assobiam, aparência de não serem rudes, estranhos. poema: Darlan M Cunha
  Iberê Camargo .  Espaço com Carretéis. Óleo sobre tela - 100 x 140 cm,   1960 Dervixes, carretéis, piões Os dervixes lembram carretéis em uníssono nalgum ambiente deslizando sua mensagem. Caros à tradição, entram os dançarinos no núcleo de um universo, parece, tão afeito ao transe, que nada mais se concebe possível fora dele, porque são carretéis, redemoinhos, girassóis e também aves e caleidoscópios refletindo as cores e as sensações primárias e secundárias, como se  uma tela fosse pintada ao mesmo tempo em que, carretéis, giram. poema: Darlan M Cunha  
 ¨¨ Dezembro aí está, sua sina única será a de andar durante 31 dias, sem parar, até que se torne passado, linha de trem desativada, de certa forma, porque o passado fica, de um jeito ou de outro, ele não nos abandona - por mais hábil que seja a nossa tática em deixá-lo no meio dos tempos, nu, choroso, só neblina. Dezembro aí está, crescendo feito uma bolha, ciente de que no dia trinta e um levantar-se-á pela última vez, olhando em torno, desconfiado, mais alegre do que triste, alegre pelo que deixará à gente que com ele caminhou, realista, pelas pessoas que em seu bojo caír e m para nunca mais. Dezembro está aí. * Foto e texto: Darlan M Cunha
Rua Pedro Laborne Tavares - Buritis, BELO HORIZONTE Colégio Batista Mineiro - Buritis - Unidade 1 Sejam cuidadosos, uma montanha pode f a cilmente vencê-los, e a arte pode enganá-los, como um camaleão sempre sob a fúria do aprimoramento. Avesso às crenças do cotidiano, mascando riso suave, mas, maléfico que só ele, o avô dava dicas de como ir ao inferno, e de lá voltar, ciente de tudo em relação ao inferno das vinhas sociais, de para lá querer voltar e definitivamente ficar.  Caminho por uma rua com arte mural, paro, peço explicações para tal atitude, ninguém sabe onde o diabo reside, em quanto incide tornar afável a superfície crespa de um muro, mais ainda, o interior encrespado do Homem. Foto e texto: Darlan M Cunha